domingo, 25 de abril de 2010

Primeiro foi o abraço que aqueceu o que por tempos estava gelado.
Depois foram os olhos que me atingiram, dizendo verdades impossíveis.
E então aquele beijo. Que nem me lembro como foi.
Você sabe muito bem, porque eu tenho aquela mania de esquecer a melhor parte.
Ai fez aquele silêncio, que pra muitos seria constrangedor, mas pra gente é a melhor forma de comunicação. O seu coração batia tão forte. A sua pele, ainda do jeito que eu lembrava. E o seu sorriso, a parte do mundo que eu mais gosto.
Já que não tiveram provas e ninguém te viu, eu me pergunto... foi real?
Eu tenho medo de ter certeza. Talvez seja melhor como sonho... fica mais bonito.
Algumas coisas são feitas pra existirem... e eu não posso evitar pensar que você é uma delas.
A sua mão, o seu braço forte, o seu cheiro que me corta... é meio impossível isso tudo existir.
Mas não consigo me convencer de que você é um sonho.
Ai, me lembro da sua voz, das suas palhaçadas, do seu jeito de se achar(tão charmoso), do modo que você enxerga tudo, absolutamente, tudo. E quando ainda sinto aquele nervoso quando você está por perto, me convenço que é essa a realidade.
E que eu sou por feliz por ela ser desse jeito. De poder me manter longe de você. Porque quando você fica perto é tudo de caber imaginar.

domingo, 18 de abril de 2010

O silêncio tomou conta. E logo minha cabeça começou a doer.
Era como se o barulho fosse tão alto que era impossível ouvi-lo.
É lastimável não saber mais como viver assim. É absurdo o vício de ouvir.
E quais sons são esses? Quem fala? Quem toca? Quem? Quais são as vozes do silêncio?
E por que é necessário que as escutemos?
São estouros ensurdecedores que atingem minha cabeça. Não consigo.
Não consigo mais ouvir! É inútil e eu prefiro a dor de tentar não escutar.
Eu quero o silêncio. Eu quero o silêncio real.
Acabem logo com essa poluição sonora.
Parem! Por um minuto! Parem de falar! Parem de escutar!
Aproveitem o silêncio! Chega desse ruído! Eu não aguento mais!