Entre cantos, contos, recantos, procuro não me encantar.
Fico assim, dispersa. Nesse mundo que é maior que ele.
Maior que eu. Maior que nós.
Fico em desencanto, no canto. Olhando tudo com suave amargura.
Poderia ser. Poderia. Mas não é.
E não é porque não pode ser. Só poderia.
Passaria pássaros por ali, ou passos...
Não, prefiro não passar.
Preciso ficar. Ficar inerte. Imóvel.
Em qualquer canto, com qualquer encanto que não me mova.
Não, eu não gosto de me encantar.