Nós somos, existimos, mesmo que violem nossos corpos.
Nós somos, existimos, mesmo que arranquem as nossas vozes, e
nos tirem a força, e nos agridam psicologicamente, e nos agridam fisicamente e
nos chamem de louca, de puta, de santa.
Nós somos, existimos, mesmo quando querem nos matar.
Dedico esse texto a todas as mulheres que hoje estão com o
coração em chamas, com o estômago apertado, o peito dolorido e muito ódio no
coração.
Porque eu acredito que a nossa resistência é um amor cheio
de ódio.
E é por ter tanto amor e tanto ódio que continuamos a
resistir.
Eu sou vocês.
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