quarta-feira, 25 de maio de 2016

Nós somos, existimos, e eu existo em vocês, mulheres.

Nós somos, existimos, mesmo que violem nossos corpos.
Nós somos, existimos, mesmo que arranquem as nossas vozes, e nos tirem a força, e nos agridam psicologicamente, e nos agridam fisicamente e nos chamem de louca, de puta, de santa.
Nós somos, existimos, mesmo quando querem nos matar.

Dedico esse texto a todas as mulheres que hoje estão com o coração em chamas, com o estômago apertado, o peito dolorido e muito ódio no coração.
Porque eu acredito que a nossa resistência é um amor cheio de ódio.
E é por ter tanto amor e tanto ódio que continuamos a resistir.


Eu sou vocês.

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