Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo. - Fernando Pessoa
domingo, 27 de junho de 2010
Vazio
Já não posso medir com as minhas mãos a angústia que é não te ter aqui.
Já não posso mais elaborar mentiras pra me convencer que eu fico bem sem você.
Já não posso mais.
Eu queria te dizer que eu não sei nem mais dizer o que é viver sem você.
Me desculpa, Moço.
Já não queria mais me sentir assim, eu juro.
Eu juro que queria esquecer que te amo. Porque até mesmo esquecer que você existe é assinar a sentença do vazio perpétuo. Vazio que ocupas por inteiro.
Moço, já não tenho alma. Ela te acompanha a todo tempo. E eu fico ainda mais vazia.
Já não sinto vontade de me desculpar. Não é minha culpa ser parte de ti.
Não me faça parte condenada do teu eu. Eu preferia a morte do que uma vida pela metade.
Por favor, não me faça insistir mais. Eu não tenho mais forças para gritar teu nome.
Não me faça implorar, porque eu imploro. Mas não quero fazê-lo.
Meu amor, não me jogue a um destino cruel. Não se deixe levar por ele.
Fica, volta. Eu to aqui. Te esperando. Ainda. Torta. Acabada. Esperando.
Por tudo o que eu preciso. Você.
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