terça-feira, 9 de abril de 2013

Uma rosa amarela
















Era ela por quem ele procurava a vida inteira.

Mas quem podia imaginar, tanta sinceridade naqueles olhos azuis ou verdes escondidos. 
Quem se importaria em notar tamanha beleza enterrada num paraíso de sábias palavras e uma doce voz?   
Ela poderia não notar, mas ele não sabia que era por ele que ela implorava todas as noites. 
O perfume, os olhos, o calor da palma da mão, os calos nas pontas dos dedos. 
O tato da sua nuca. 
Eles não poderiam se encontrar, a menos que se reconhecessem. 
Mas eles não sabiam por quem esperavam. Mas esperavam como se sonhar alimentasse. 
Bastou uma rosa de cor amarela, para que o nó se desfizesse. 
E tudo aquilo que se sonhara virava, como uma jogada do destino, realidade. 
Não era preciso procurar, porque ali era o que devia ser. 
Foi então que eles se olharam de novo, e viram flores dentro de si. 

2 comentários:

Anônimo disse...

"...E tudo aquilo que se sonhara virava, como uma jogada do destino, realidade.
Não era preciso procurar, porque ali era o que devia ser.
Foi então que eles se olharam de novo, e viram flores dentro de si..."

FANTÁSTICO!!! PARABÉNS!!

Aline Rochedo disse...

Lindo e Linda!