Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo. - Fernando Pessoa
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Pixel deletado
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
A Torre de Observação.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Busque Amor, Novas Artes, Novo Engenho
"Busque Amor novas artes, novo engenho,
Para matar-me, e novas esquivanças;
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho.
Mas, conquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê.
Que dias há que n'alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei porquê."
Camões.
Há na certa um não sei quê que dói não sei porquê. Mas, na dúvida do porquê eu achei, aquilo que não procurava. Aquilo que era diferente, que era novo. E que acima de tudo era eu. Eu vi minhas perigosas seguranças. E quando disse que não temia contrastes e nem mudanças, eu menti. Mas, no fundo o temor é a sombra do desejo. Desejo de mudar. De ir pra longe. De andar em bravo mar.
Sei que meu amor foi um mal. Matou e eu não vi, ou não quis ver. Morri por amor mil vezes. E por mil vezes o amor me ressuscitou. Já não tenho esperanças, e não me falta. Vai que é certo que como eu, em algum dia tua alma vai se encher de um não sei quê, que nasce não sei onde, vem não sei como e dói não sei porquê.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Eles são muitos, mas não podem voar
É indescritível a saudade
terça-feira, 5 de outubro de 2010
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E seus olhos não produziam lágrimas.
domingo, 12 de setembro de 2010
O retrato da mulher sem EU!
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
A Revolta da Vênus de Milo
Você me deu um anel de ouro. Disse que ele era para selar nosso compromisso.
Ai você me expôs num pedestal, num quadro. Para que todos pudessem me ver.
Você me enquadrou, de forma que eu coubesse dentro do seu quadro pequeno e mal pintado.
Meu nome não é Gioconda. Você não é Da Vinci. Definitivamente.
Oi, não sou estátua. E tanto não sou que estou tirando esse anel cafona do meu anelar esquerdo. Cansei dessa janela inútil onde vejo um mundo que não me pertence, mas me quer alucinamente. Como um dia você pareceu me querer. Talvez queira. Mas para enfeite.
E enfeite não se usa. Enfeite depois de um tempo enjoa. E meu amor, eu não nasci pra isso. Eu já não gostava dos bibelôs que vovó tinha na sala, e olha que ela era uma velhinha bem parceira. Então só para seu governo. Pare com isso. Ou vai se arrepender. Não é uma ameaça. É um aviso. Todo ser humano é passível de erro, mas a permanência é o que transforma a gente em estátua. Querido, eu errei ao achar que você iria arrancar a minha roupa, e conversar horas a fio comigo no banho. Mas cansei dessa histórinha de boa esposa que faz bolinhos e recebe os amigos em casa na sexta a noite.
Porra! Não dá mais pra mim. E essa baboseira de que você se intimida com a minha beleza é a desculpa mais esfarrapada da vida.
Me trate como mulher, humana, carne, osso, sangue, sexo. Sem mármore, sem tinta, sem tela. Eu. Aqui. Ou então, a Vênus aqui vai jogar a aliança no ralo.
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
O momento imóvel
Aquele instante onde você descobre que já não é o que era, que já não tem o que tinha.
O momento que perde algo irreparável. Insubstituível.
Nada será como era antes. Nem você. Nem o mundo a sua volta.
Você não vai esquecer esse segundo. Mesmo que tudo volte a ficar bem. Mesmo que a vida siga. Esse segundo é inesquecível.
A gente não espera, não acredita, mas ele vem. Uma, duas... quantas vezes a vida achar conveniente. Esse momento chega, roubando partes da nossa vida. Da nossa história. Mudando quem somos, sem pedir licença. Não adianta lutar contra. E nem temê-los. Eles simplesmente existem. Como se fossem datados, planejados.
É impossível prever. E se fosse não seriam sustos. Não seriam arbitrários, nem tão radicais. Mas é esse seu dever. De arrancar tudo o que já estava construído. De nos forçar a mudar. Dizem até que é para dar mais emoção a vida. Não são bons. Não trazem boas recordações. Mas as coisas boas não chocam. Não imperam. Talvez devessem.
O momento imóvel gera o drama. Que gera a desordem. E o fim. É o fim. Fim de algo que até agora existia. Nos pertencia. Nos completava. Depois é difícil continuar. Saber o que fazer. Não existe um manual para se lidar com isso. Os minutos após são de assimilação. É meio como se seu corpo ainda tivesse se adaptando a nova situação. De repente você para. E se dá conta do que perdeu. Seu melhor amigo. O amor da sua vida. Sua mãe. Seu avô. Seu tio. Percebe o grande buraco que abriu quando aquele segundo aconteceu. As vezes demora e o desespero, a tristeza só acontece depois.
Odeio momentos assim.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Ai que saudade de ocês!
Não se admire se um dia
Um beija-flor invadir
A porta da tua casa
Te der um beijo e partir
Fui eu que mandei o beijo
Que é pra matar meu desejo
Faz tempo que eu não te vejo
Ai que saudade de ocê
Se um dia ocê se lembrar
Escreva uma carta pra mim
Bote logo no correio
Com frases dizendo assim
Faz tempo que eu não te vejo
Quero matar meu desejo
Te mando um monte de beijo
Ai que saudade sem fim
E se quiser recordar
Aquele nosso namoro
Quando eu ia viajar
Você caía no choro
Eu chorando pela estrada
Mas o que eu posso fazer
Trabalhar é minha sina
Eu gosto mesmo é de ocêS
(musíca de Geraldo Azevedo)
Saudades absurdas!!! Amo demais! Só faltou meu pepeto, Heitorzinho que tava mimindo no banco de trás!
Meu gingado é carioca, mas meu coração é Potiguar!
domingo, 8 de agosto de 2010
Tocando em frente!
sábado, 7 de agosto de 2010
Bonito demais!
domingo, 27 de junho de 2010
Vazio
Já não posso medir com as minhas mãos a angústia que é não te ter aqui.
Já não posso mais elaborar mentiras pra me convencer que eu fico bem sem você.
Já não posso mais.
Eu queria te dizer que eu não sei nem mais dizer o que é viver sem você.
Me desculpa, Moço.
Já não queria mais me sentir assim, eu juro.
Eu juro que queria esquecer que te amo. Porque até mesmo esquecer que você existe é assinar a sentença do vazio perpétuo. Vazio que ocupas por inteiro.
Moço, já não tenho alma. Ela te acompanha a todo tempo. E eu fico ainda mais vazia.
Já não sinto vontade de me desculpar. Não é minha culpa ser parte de ti.
Não me faça parte condenada do teu eu. Eu preferia a morte do que uma vida pela metade.
Por favor, não me faça insistir mais. Eu não tenho mais forças para gritar teu nome.
Não me faça implorar, porque eu imploro. Mas não quero fazê-lo.
Meu amor, não me jogue a um destino cruel. Não se deixe levar por ele.
Fica, volta. Eu to aqui. Te esperando. Ainda. Torta. Acabada. Esperando.
Por tudo o que eu preciso. Você.
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Ai, você tava lá... me esperando. Eu parei do seu lado. E você com a cara mais lavada fingiu que me conhecia tão pouco. Foi o seu nariz tocar minha pele. Seu olhos mudaram, ganharam um brilho parecido com o da lua que iluminava a gente. Você finge muito bem que não me ama. Mas seus olhos te condenam. Eles, desesperadamente, gritam o meu nome. E você se confunde. Me confunde.
terça-feira, 15 de junho de 2010
Sensações indizíveis!
sábado, 5 de junho de 2010
Uuuuu....
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Não implique esse julgamento. Tá ficando ser difícil ser quem eu sou.
E não tem ninguém aqui pra ajudar.
Eu sei que você não entende, mas nem eu entendo. Mas para de tentar também. Eu já desisti, queria que você fizesse o mesmo.
Não me chame de louca. Nem ache que eu dificulto as coisas. Essa é a maneira mais simples que eu achei. Pode ser diferente da sua. E é. Mas não me chame de louca.
A minha tristeza não vem da minha incompreensão. Não faço questão que ninguém entenda.
Eu só preciso que parem. Parem de querer que eu seja feliz o tempo todo. Eu não consigo. Mas não há necessidade de você me chamar de depressiva.
Eu não to me escondendo. Eu não estou me culpando. Eu não estou me castigando.
To sendo eu. Só. E me bastando da maneira que posso.
Me perdoa por te confundir. Não foi a minha intenção.
domingo, 30 de maio de 2010
Ilegais!
- Desse jeito vão saber de nós dois.