domingo, 6 de outubro de 2013

A invisibilidade de onde vem a chuva


As gotas caem na terra. E o cheiro me lembrou a infância.
Poderia chover mais agora, talvez lavasse essas manchas de mim.
Quero deitar no chão da rua e sentir a água em mim.
Olhar as gotas ficarem gigantes depois de surgirem da invisibilidade.
As flores começam a sorrir, matam sua sede, e crescem nessa primavera
Que não quer deixar de ser inverno.
O céu tá indeciso. Não sabe se é azul ou cinza. E chove, como quem não sabe se ri ou se chora.
Vou deitar no chão da rua e esperar tudo isso ir embora.
Talvez o céu caia com a chuva, e eu acorde.
Talvez eu me enxergue voando por aí, saindo da invisibilidade.
Sendo chuva. 

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