domingo, 9 de janeiro de 2011

Um porto...

Eu fiquei olhando pela aquela janela, não sei quanto tempo.
Fiquei olhando o vazio, o tudo, o nada que é o mar.
Quanto mais eu olhava, mais eu sabia que eu não fazia ideia do que eu era.
Não me encontrei no mar.
Mas te vi. Você estava no meio daquele azul, a deriva.
Perdido, a procura de um cais. Um cais que não era eu.
Te ofereci um porto, não tão seguro como gostaria. Mas, apenas um lugar para repousar.
Me procurei em você.
Você ancorou perto de mim. Mas, as ondas te impediram de chegar.
Meu porto ficou vazio.
Do deck eu podia assistir o teu balanço.
Sentia o vento forte e as gotas da chuva. E era a promessa que um dia a calmaria ia chegar.
Talvez não hoje, mas até as tempestades cansam.
E quem sabe assim você aporta aqui.