sábado, 28 de novembro de 2009

Você procura, você encontra. Não importa o que, nem quem. A verdade é que se soubermos aonde ir, sempre encontraremos o que procurávamos.
Sons que nunca ouvimos, cheiros que nunca sentimos, e uma incessante procura pelo novo.
Um novo amor, uma nova forma de prazer, algo que nos traga felicidade.
Penso ser essa procura uma coisa bem inútil. Há pequenas coisas, aparentemente insignificantes, que querem ser achadas.
Dentro de cada lugar há um tesouro, dentro de cada pessoa um santo, um gênio, um demônio.
Em vez de procurar algo inusitado e completamente novo. Procure os tesouros nos quais você acredita. Seja eles em você, nos outros, ou apenas nos lugares. Se dermos valor as coisas certas, sempre iremos aos lugares certos e acharemos as coisas mais preciosas do mundo.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Dizem que a vida é uma ilusão... achei que ilusão era acreditarmos em algo mais bonito do que realmente é. Acho então que vejo tudo de uma maneira ilusória. Eu penso bonito, eu acredito na beleza, nas pessoas, no amor e em todas essas tolices. E daí me reparo com as maiores injustiças, falsidades e coisas que no meu mundo não deveria ser. Essas coisas me angustiam de tal forma que as vezes eu penso em não viver pra ver esse mundo desse jeito. De repente pessoas me falam: A vida é assim. Não entendo! Não entra na minha cabeça esses sofrimentos sem propósito. Essa dor sem fundamento. Essa grosseria gratuita. Por quê? Por que as pessoas não se ajudam?
Eu ultimamente não tenho acreditado muito em Deus. Deus deixou um mandamento, um único mandamento de amarmos uns aos outros. E não vejo isso acontecer. Por que a gente não pensa se fosse eu no lugar dele? É tão fácil ficar julgando, condenando, brigando, xingando. Difícil nesse mundo é ajudar quem precisa, estender a mão pra quem caiu. Não consigo entender mesmo porque tem que ser assim e ainda aceitar isso. Eu tenho esperança! Medo, muito mesmo. Mas acima de tudo eu tenho esperança e vontade de fazer o que é certo, mesmo parecendo inútil.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Tudo o que eu queria era ser deixada para trás
Você não tem coragem
Não vou gastar muito do seu tempo
Eu sei, eu sei
A gente anda marchando em círculos
Mas é tarde para parar
Não estamos indo a lugar nenhum
Andei pensando
E eu não quero morrer
Mas prefiro morrer do que não andar do seu lado
Meu lugar é aqui
Não queria que fosse
E então, eu não vejo mais sentido
As cores estão desbotando
E minha esperança é diretamente proporcional
Podemos parar?
Estamos sempre na busca de algo. Seja a felicidade, a vida eterna, a paz, o sentido da vida, sei lá o que mais. Talvez nunca acharemos o que procuramos, talvez a vida realmente não tenha sentido algum. Não consigo entender como pode haver qualquer sentido aqui. Realmente há muitas coisas lindas e especiais no mundo e eu tento me convencer que são muito mais do que aquelas com as quais estamos acostumados. E me pergunto o que buscar. Felicidade pra mim é algo que acontece com frequência, mas não dura muito. Não acredito na vida eterna ou sei lá que exista além daqui.
E por isso, não ocasionalmente me sinto como um barco à deriva. Traço um objetivo e corro atrás dele, mas não tenho nenhuma ideologia. As que eu costumava a ter se desfizeram na minha cara.
Ando não acreditando muito em nada. Como se nada fosse absolutamente verdade. E ainda sim consigo entender a verdade de cada coisa, mesmo a maioria delas sendo bastante absurdas.
Eu antes vivia no meu mundo de sonhos, hoje em dia meus sonhos não se encaixam no mundo.
É estranho tentar descrever algo que nem mesmo eu sei o que é.
Tudo anda passando tão rápido que acredito que amanhã todas essas dúvidas vão passar.
Afinal, a vida passa mundo rápido pra gente perder tempo tentando descobrir o que procurar. Caso a gente ache e não goste, nesse mundo onde nada mais que deveria ter valor de fato o tem, a gente joga fora e procura outra coisa.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Quando a gente começa alguma coisa, nunca sabemos como vai acabar.
E quando recomeçamos é pior ainda. O medo do assustador final de antes, a tentativa desgastante de não cometer os mesmos erros. E o pior de tudo, a desconfiança de que não somos mais o que éramos. E de fato não somos, cada coisa que nos acontece nos muda. É assim que é, e é assim para todo mundo.
Mas a gente tenta, e muitas vezes não sabemos o quão fortes e corajosos somos. O recomeço é doloroso, isso é um fato. E recomeçar significa deixar tudo de velho pra trás. Muitas vezes até as partes boas do velho. Não existe uma tecla de "delete" infelizmente, por isso dói. Mas é a própria dor que nos impulsiona a ir a diante. Ninguém quer ficar sofrendo.
Então a gente arranca o band-aid e faz um novo curativo, esperando que a ferida pare de doer e cicatrize logo.
Nesse momento tão perdido entre passado e futuro, a gente tende a esquecer que o presente está acontecendo agora, e ficamos sonhando com o dia em que não vai doer tanto. A gente para de viver e sobrevive, o que causa muitos traumas.
Então o melhor que podemos fazer é sentir a dor quando ela vem e deixar pra lá assim que pudermos.

Para Lê, mio fratello.

domingo, 21 de junho de 2009

Ele procurava as chaves de casa, ela procurava o controle remoto.
Ele via novela, ela falava ao telefone.
Ele andava de carro, ela esperava o trem.
Ele cantarolava nas ruas, elas escutava Ipod.
Ele pensava nela, ela pensava nele.
Eles andavam por caminhos diferentes. E nunca se cruzavam.
O destino nunca foi amigo deles.
Ela nunca desistiu, ele nunca parou.
Ele pega o trem, ela procura as chaves de casa.
Ela cantarolava nas ruas, ele a procurava no telefone.
Eles esqueceram o destino.
Eles andam pelos mesmos caminhos.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

O que é solidão?
É estar sozinho? É se sentir sozinho?
Vinicus de Moraes disse que a solidão é o fim de quem ama. Será que precisamos chegar ao fim para nos sentirmos sozinhos? As vezes se tem tudo, mas o vazio nunca acaba. Ou acaba, já não sei. O que é o medo de ficar sozinho pra quem já ficou? O que é se sentir secundário em meio sua própria vida. Quando se vai todo mundo embora, só pra quem fica os dias são todos iguais.
Acho que pior que estar sozinho é a falta de tudo que lhe completa. Quando a memória nos trai e nos mostra o quanto eramos completos, ela nos mostra o quanto solitários somos. Abençoados sejam os solitários, pois esses podem ter certeza que ja amaram.Ao mesmo tempo, amaldiçoados eles são, pois se culpam de ter amado pouco. Se não há fim algum, por que a solidão? Será culpa de nós mesmos sermos sozinhos? Será culpa da vida que nos afasta das pessoas que amamos?
Que atos devemos tomar para nos sentirmos maiores diante desse vazio? Que companhia procurar?
Ahhh sentimento cruel!
Sentimento que adormece e quando acorda fere!
Ninguém deveria se sentir assim!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

É tudo amor, afinal das contas!

Você vai embora! E leva com você as partes mais importantes de mim!
Você volta e pede pra eu ficar! E eu fico! Não porque quero, mas porque não me conheço de outro jeito! Ai eu puxo as cobertas, tentando me proteger de você!
A gente dorme o dia inteiro! E eu peço pra você viver os melhores dias comigo!
Você vem! Ai eu tenho o pior dia de todos, e você o torna pior ainda!
Você me chama pra ir na sua casa e quando eu chego bate a porta na minha cara! Eu já tive o bastante pra desistir! Eu vou embora! Você me chama de volta! Você vai embora! Eu te chamo de volta! Eu digo que sei viver sem você, você diz que sabe viver sem mim! É verdade!
Matamos a sede um do outro! E temos o bastante! O bastante pra nos acovardar e ir embora! Essa doença, esse vício, essa coisa que nos mantem junto é amor! Amor cármico ou cósmico, de outras vidas, ou apenas dessa! Amor que não da paz, que nem sempre é um sentimento bom! Machuca, dá medo! Mas, afinal das contas é tudo amor!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Eu tinha sonhado com anjos voando sobre você. Eles cantavam músicas tão suaves que me davam sono. Você sorria pra mim. Eu ainda me perguntava porque haviam anjos. Era um sonho, eu tinha certeza!
De repente os anjos te levaram. Eu corria, eu gritava por você, mas era tão inútil. Então vinha o sol gigante na minha frente, me cegando. Você desapareceu!
Eu vi uma pequena estrada. Não sabia ao certo aonde ela iria me levar. E pouco me importava. Era certo que nenhum lugar seria interessante sem você.
Não tenho certeza de quanto tempo andei me parecia uma eternidade, talvez porque o tempo sem você passa tão devagar.
O sol havia desaparecido, por mais tempo do que de costume.
Eu senti aquele frio e não havia nada para me aquecer. Então eu corri, corri o mais rápido que pude. Para o que eu estava correndo? Aquele estrada não parecia ter fim e nem chegar a lugar nenhum. Eu estava certa de que era um sonho, mas por que eu não acordava?
Eu apertei um pouco a vista e vi uma placa amarela. Eu corri pra conseguir ler.
"Não desapareça!"
Assim que terminei de ler ouvi você gritar de muito longe: "Querida, eu quero você!"
Assim eu corri mais e mais! Tentando achar uma lógica naquilo tudo.
Mais uma eternidade se passou. Por que não acordo? Por que não acordo?
Só estava frio e escuro! Que pesadelo horrível! Eu quero acordar!!
Então eu vi outra placa!
"Não me deixa aqui!"
Eu corri procurando a próxima placa e você gritou, mas eu não entendi!
Lá estava a placa brilhando no meio da escuridão.
"Quando o dia amanhecer eu te encontrarei aqui"
E você gritou: "Porque eu sei que desejos se realizam e eu vou achar o caminho de volta pra você!"
Ainda está escuro e frio! Mas eu conheço a sua vontade do dia amanhacer, por mais que você para todos os efeitos você foi levado por anjos e eu estou numa estrada completamente sem rumo. Mas eu sei que quando o pesadelo acabar nós vamos caminhar onde a estrada encontra o sol!

quinta-feira, 7 de maio de 2009

"Eu te amo" não é contrato!

Se eu digo que te amo não é pra selar nenhum acordo, nenhum contrato!
Digo porque essa é a minha verdade! Porque eu sinto, genuinamente, um sentimento chamado amor! Não me agrada as pessoas que medem seus sentimentos nas palavras. Se sinto uma coisa e quero expressar porque existir regras? Não digo "eu te amo" pra ouvir "eu te amo". Nem para que me pertença. Esse mundo é estranho mesmo... as pessoas dizem "te adoro" o tempo todo, mas "te amo" tem um peso muito maior. Adoração não seria algo, pelo menos em tese, mais intenso do que o amor. Pessoas doidas!
Eu não tenho compromisso com as pessoas que amo. Nem acredito no Pequeno Príncipe. Não acho que sou responsável pelo que cativo, nem acho que o que cativo seja responsável por mim.
Simplesmente amo. Porque não conheço outra maneira de ser, nem de ver!
Se agora eu falasse "eu nasci pra te amar com todas as batidas do meu coração, eu nasci pra tomar conta de você todos os dias da minha vida". Ainda assim não sei se o compromisso se estabelece ai.
Amor é amor e ponto. Não é contrato, não é negociação. E nem sempre uma via de mão dupla. Amor é sentimento de quem ama, dado a quem se ama por escolha própria. Amor que exige ser conrrespondido deve ser outra coisa!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

O poder de não desistir!

Se você nada contra a corrente, provavelmente vão mandar você desistir!
É certo que pessoas teimosas tendem a quebrar a cara! Mas e se eu for uma excessão? E se a minha esperança de alcançar o impossível não for vã?
"O impossível verosímil é preferível ao possível não acreditável" disse Aristóteles.
Se a verossemelhança é peculiar de cada ser, a verdade pra mim é única e incontestável. Pois é a minha verdade. Se eu prefiro lutar por causas perdidas? Não acredito em causas perdidas, acredito em lutas fracas. O amor, por exemplo, é uma luta de dois seres. Amores que dão certo são dois guerreiros que nunca se cansam de lutar para permanecerem juntos. Ainda que cansados não se cansam de lutar. E se eu ainda tiver força pra lutar? Luto? Não luto?
Me ensinaram, quando era criança, que sempre temos lutar pelo que acreditamos e que se desejarmos muito as coisas acontecem. É provável que aconteçam mesmo. É provável que se não desistirmos de lutar não haverá causas perdidas.
Mas e no amor? Essa luta pela qual vivemos, se só existe um guerreiro, como fica? Me pegaram!
Lutar ou não lutar? Eis a questão!
Aconteça o que acontecer e seja qual luta for, não desistir é sempre a melhor escolha!

sábado, 4 de abril de 2009

Ao que se ama menos, mais se ama!

Muito fácil machucar alguém que te ama. Muito fácil mesmo.
Machucar a quem se ama é machucar a si mesmo. Preferiri sofrer em vez de assistir ao sofrimento é algo divino. E apenas pessoas de alma pura possuem essa virtude.
O que se quer esquecer é o que mais se quer lembrar e o que mais causa dor.
Machucar a quem se ama é tentar fazer sua própria dor sumir, tranferindo-a a outro ser.
Tolice! Quem ama com dor jamais será anestesiado. Ao tentar ferir, a paixão e a raiva, sentimentos mais intensos que o próprio amor tomam conta de si. Mais ainda nesse momento a paixão significa dor, dor de amor. Não é póssivel acabar com a dor, a não ser esquecer.
O que é proibido de lembrar é impossível de esquecer. Assim, simplesmente assim.
Ao que mais queres amar menos é o que mais amas. Não se justifica amor, e muito menos dor.
Quando queres magoar, queres amar e não consegues. É como quebrar um instrumento que não se consegue tocar. Ainda que doa em si mesmo, machucar a quem se ama é tentar causar as mesmas feridas, é compartilhar uma dor. Propósito desconhcidos pela razão humana, mas bem aceitos pelos sentimentos e pelos sentidos.

terça-feira, 31 de março de 2009

Sentimental!

Minha sensibilidade com as coisas alheias é minha maior qualidade, penso eu. Não conseguir dizer não pra mim é uma coisa boa. Meu amor as pessoas acima de tudo é a coisa que eu acho mais admirável em mim. Sentimentalismo excessivo. Eu sou apenas isso! Um sentimentalismo excessivo. Eu pensei que não exigia nada de ninguém, eu sei não é assim. Mas eu só aceito a condição de ter você só pra mim, eu sei não é assim. As vezes eu só queria tá perto, presente.
Eu choro quando vejo uma coisa bonita, eu choro quando meus amigos estão mal, eu sofro junto.
Eu rio junto, mesmo que por dentro esteja tudo sombrio. As vezes quero ser o centro das atenções, mas não acho que o mundo gire em torno de mim. Eu gosto de viver, eu gosto de ser feliz, eu gosto de sofrer(quando é preciso), eu gosto disso tudo. Eu sou hiper sensível e ainda acredito no amor! Qual o problema de eu ser uma sentimental? Qual o problema de eu não querer dar o troco em ninguém? Qual o problema de depois de tudo isso eu ainda quero segurar sua mão? Nem minha dor me livra de viver! Muito menos você! Eu disse e nem assim se pôde evitar! Mas ainda assim, eu choro pela sua dor, mesmo que ela ainda me cause mais dor do que você possa imaginar. Parte disso é porque você a sente. Eu sei não é assim, mas deixa eu viver!
Por que, afinal das contas, quem é mais sentimental que eu?

segunda-feira, 16 de março de 2009

Horizonte distante a gente quer ver!

"Por onde vou guiar o olhar que não enxerga mais? Dá-me luz, ó deus do tempo!"
Deixe-nos, por favor! Deixe-nos observar o mundo, sem nos preocupar com o amanhã.
Deixe que nosso futuro seja o horizonte. Deixe-nos ter medo do tempo. A gente só quer ver um horizonte distante, afinal. Algo que transcênda a realidade e nos leve para um mundo onde a maldade não exista! Algum lugar mágico, onde a felicidade seja imperativa e o amor, o rei.
Deixe-nos, por favor! Deixe-nos nessa meia realidade, onde sonhos e fantasias já não fazem parte só da imaginação! Deixe que o tempo passe devagar, assim a saudade demora a chegar!
Por favor, deixe o horizonte distante chegar!

segunda-feira, 9 de março de 2009

Sem explicações, por favor!

Meu estomago anda estranho esses dias...
Meu coração anda dolorido esses dias...
E eu ainda não entendi porquê.
Ainda sim, meu sorriso anda mais sincero do que nunca.
Minha memória falha que me faz esquecer as coisas é a unica que, incrivelmente, me faz lembrar todos os dias que meu estomago anda estranho e meu coração dolorido!
Eu sei, devia deixar pra lá, mas não consigo!
Todas as vezes que ando sozinha, meio que sem rumo pelas ruas, vou pensando e pensando, tentando achar razões pra essas estranhas sensações!
Paro na estação e vejo todas aquelas pessoas. Será que elas têm essa angústia dentro de si?
E mesmo eu, nem sei bem se isso é angústia. Ou será outra coisa que não sei o nome?
Eu sei, devia esquecer, mas não consigo!
Carrego o fardo de ser uma humana, espécie que tem sentimentos sem explicação!
E no entanto, que explicação eu queria se o que sinto é o que sinto. Obviamente ninguém pode me explicar. Interessante saber que nem mesmo Freud tinha explicação, apenas ferramentas.
E as minhas são próprias. Mesmo sem elas na mão, tenho certeza que esse estomago esquisito e coração dolorido fazem parte de uma guerra entre cabeça e coração chamada amor!


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Sonhando com o coração partido...

Eu pensei em você. Pensei em você todos os dias, eu sonhei com você.
Sonhei que você voltava, e ao voltar trazia consigo o pedaço do meu coração que levara.
Fiz pedidos a estrelas cadentes, a cílios, fontes, e a cada vez que me aparecia a chance de desejar algo, eu desejava que o meu sonho se tornasse realidade.
De repente ele se torna. E você reaparece. Reaparece então aquela batida acelerada no meu coração, aquele seu sorriso de canto de boca, aquele suor na sua mão que eu gostava de fingir que era nervoso por estar comigo. Eu acreditei que meu sonho tinha se transformado em realidade. Acreditei que a força do meu pensamento tinha trazido você de volta.
Eu acreditava no Segredo. E a cada minuto que você ia me falando tudo o que eu tinha sonhado em escutar, mais eu acreditava que tinha se tornado realidade.
Por ser assim um tanto sonhadora, esqueci que embora sonhos se tornem realidade, a realidade não se torna sonho.
Agora resta meu velho vício de sonhar com você, e o desejo que meu sonho ainda possa se tornar realidade.
Porque afinal das contas, você voltou, mas o pedaço do meu coração que levou esqueceu por aí!
Volto a sonhar com metade do meu coração, sonho que alguém o tenha achado e me traga de volta!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Porque esperamos demais...

Porque sonhamos demais acabamos por confundir realidade e sonho.
Sonhamos porque somos assim, porque gostamos das coisas bonitas, porque sentimos tudo e todos. Somos especiais. A realidade nos empurra a tristeza e ao medo de viver num mundo onde tudo é errado e confuso. No fundo, achamos que somos fortes porque vivendo em nossa
imaginação tendemos a achar razão e solução para tudo. Somos fracos e sensíveis. Porque quando a realidade nos mostra sua cara fugimos. Fugimos porque somos covardes. Fugimos porque o medo de sofrer é maior que tudo.
Assim, já não parecemos tão especias. Parecemos crianças encarnadas em corpos adultos, e infância fora de época não é algo que agrada. Então, o que somos?
Já não sinto que parecemos tão diferentes aos olhos dos outros. O que importa? O que somos pra eles? Ou o que somos pra nós mesmos? Mas se não os agradamos não somos felizes, e se não nos agradamos não sonhamos. E como viver a vida sem sonhar e ainda achar um sentido pra ela?
Sonhamos demais, e o peso da palavra "demais" pode ter sido bonito em algum momento. Mas já não é, já se tornou um fardo! E um fardo muito dificil de carregar, porque ainda não aprendemos a viver na realidade.
Porque sonhamos demais, esperamos demais...
e por esperar já ficamos velhos e já não sonhamos mais.