terça-feira, 18 de maio de 2010

Demais...


São os exageros. Eu sinto que eles tomaram conta de mim.
Me fizeram forte e fraca. Grande e pequena. Intensa e superficial.

O teu exagero. É impossível descrever. Eu os sinto pesados em mim.
Me fizeram triste e feliz.

Eu, você. E todo resto que criamos. Nada do que esperamos. E tudo aquilo que desejamos.
Foi teu sonho, minha realidade. Teu desespero, minha saudade.

E aquela gargalhada alta, exagerada.
E aquelas noites mal dormidas entre gritos, sussurros e roncos.
E aquele ódio ardente.
E aquela paixão intrínseca.
E aquele desejo permanente de te servir. De me servir.

Foi tudo grande... efêmero.
E eu sinto que amanhã nem lembrarei de tanto.
Porque hoje o exagero tomou conta de mim.

E aquele amor me pareceu eterno e infinito.

E por isso. E só por isso. Hoje eu morri.
Porque amor demais pode me matar.





3 comentários:

Gabriel Zambrone disse...

"Porque hoje o exagero tomou conta de mim.
E aquele amor me pareceu eterno e infinito."

Assim como uma música que acelera a alma. A música acaba, mas você quer ouví-la de novo.

Carol disse...

Constantemente inconstante...e isso não é ruim, afasta o tédio.

Clarissa de Andrade Correa disse...

a graça do amor está na morte, talvez. Se nos deixássemos morrer, talvez seríamos novos e frescos para outro amor assassino.
O problema é que as vezes resistimos em aceitar o exagero e não nos deixamos renascer para cheirarmos novo.

Muito amor mata. Quando aceitamos que foi muito.