segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Ode aos amantes.



Posso vê-los nas manhãs mais aquecidas de outubro lendo jornal enquanto esperam seu pão. Mas o que importa? Pães e notícias não os interessam. Posso ver suas bochechas mudarem de cor rapidamente. E seus olhos, mas do que depressa, ganharem um brilho inexplicável.

Sorrisos repentinos para os jornais às seis da manhã numa padaria cheia numa manhã aquecida de outubro, nas quais os corpos anseiam o sol, a areia e o mar, são explicáveis quando de repente uma sinfonia de corações pulsantes chegam ao meu ouvido. É baixo. Quase imperceptível, tal como os sorrisos e os olhares que não se movem ao ler.

São amantes. Apaixonados. Bobos. Tolos. Vivos.

Uma energia única que só a paixão consegue trazer. Conheço. Já a senti e vivi. Mas não a percebemos quando é em nós. A energia inexplicável do amor, é somente diagnosticada por aqueles que estão a sua volta. Nunca por quem o sente. Mas a verdade é que não existe doença mais maravilhosa que essa.

Quando os sintomas são suspiros, sorrisos, borboletas no estomago e coração acelerado, a conseqüência é sentir-se vivo. Amantes nada mais são do que o ser humano num estágio de vida plena.

Não sou eu a apaixonada. São os outros. Que me afundaram em uma energia maravilhosa em plena segunda-feira.

3 comentários:

Clarissa de Andrade Correa disse...

ahhhhh que gracinha! É primavera, te amo!

Anônimo disse...

Springtime. Deixa o verão pra mais tarde. =]

Julia disse...

é, a primavera nos deixa assim, amantes.